Morda-me
como se para ti eu fosse
a carne da maçã
Ama-me
no entremeio do momento
sem os arremedos do amanhã
Deseja-me
na eloquência do agora
na inexistência da hora
Compartilhe
teus lábios sedentos
que se tornaram violentos
à procura dos meus
Olha-me
desvende o que há em mim
o que já se perdeu
e o que nunca conheceu
E assim
Sou tua
No eterno momento
Do agora.