Em Águas Irlandesas

E se você fosse um pescador irlandês, e no meio de seu trabalho, uma linda mulher fosse literalmente pescada por suas redes, o que você faria? Poizé, Syracuse (Colin Farrell) tem de lidar com tal acontecimento. Em uma de suas pescarias, ele conhece Ondine (Alicja Bachleda), uma bonita e misteriosa mulher que cai em suas redes. Rapidamente, Syracuse se vê apaixonado pela bela moça encontrada nos mares. Sua filha Anne (Alison Barry) passa a acreditar que Ondine é uma criatura mágica, vinda do oceano, uma selkie (criatura da mitologia irlandesa semelhante a uma sereia), e com o passar do tempo, Syracuse, também começa a acreditar na teoria de sua filha.

“Ondine” é uma história de amor e de esperança, um conto de fadas moderno, onde belíssimas paisagens irlandesas servem de plano de fundo para esta história, cheia de mistérios, escuridão e magia.

O longa foi escrito e dirigido pelo aclamado Neil Jordan, e fotografado por Christopher Doyle, e ainda conta com músicas da banda Islandesa Sigur Ros, que eu particularmente adoro.

Confesso que o motivo pelo qual me interessei pelo filme foi o nome de Farrell no elenco, mas no decorrer da história, a trilha sonora, o roteiro, as paisagens, as atuações, a fotografia e o clima dramático me fizeram apaixonar pelo filme.
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Um longa mágico, do ínicio ao fim. Vale a pena assistir!

Pequena Nota Sobre o Amor



Ela: Você me ama?

Ele: Sim, amo.

Ela: Qual sua explicação para me amar?

Ele (pensativo): Acho que sua forma de pensar, sua personalidade, sua beleza, seus cabelos compridos e algumas outras coisas. Por quê?



Silêncio. Não há resposta.














Momentos depois Ela levanta-se, deixando-o só na calçada. Sabia que não mais voltaria, pois acreditava que para o verdadeiro amor não havia explicação.

Atingindo os Dezoito


No último dia 1º completei dezoito anos. Confesso que sempre tive medo dessa idade, e o que parecia ser uma data tão longíqua, chegou com uma rapidez incrível. Neste dia (1 de julho) muitas amigas e amigos vieram me perguntar qual é a sensação de estar completando os famosos dezoitinhos, e finalmente estar atingindo a maioridade. A grande maioria me perguntara, porque sou uma das mais velhas do meu círculo de amizades, e da minha sala também, não porque repeti de ano, mas porque quando ingressei na escola não pude entrar logo no prezinho, tendo que passar primeiro pelo jardim II, por fazer aniversário no meio do ano. Quando ouvia tais perguntas, fiquei confusa, pois antes imaginava que quando atingisse a maioridade, estaria mais madura, mais séria, mais experiente, ou seja, pensei que seria uma adulta de verdade, como num passe de mágica, mas nada ocorreu. Dormi e acordei da mesma forma, e não senti nenhuma mudança brusca, nem nada do tipo. Sou a mesma pessoa dos dezessete, dos dezesseis, dos quinze, dos quatorze até, sou a mesma e ponto. Para mim nada mudou, contudo, eu sei que muita coisa em mim foi mudando, mudando, mudando, tão gradativamente que eu sequer pude perceber. Por isso, quando me perguntaram como eu me sentia com dezoito anos, eu não soube o que responder, apenas disse que me sentia normal, a mesma pessoa, e que ter dezoito me assustava, pois eu não me sentia como uma adulta como eu imaginava ser uma pessoa ao atingir os dezoito anos de idade.

Mesmo aos dezoito, meus gostos são os mesmos, minha paixão por gatos é a mesma, meus filmes favoritos e livros também são os mesmos. Acredito que eu estou sendo preparada para os dezoito há muito tempo, e por isso não senti uma mudança brusca. Ninguém muda bruscamente, assim de uma hora para outra, num passe de mágica onde é só tocar a varinha de condão e "pluft" ocorre a mudança. Ninguém muda ao fazer aniversário. Apesar de não perceber, sei que vivo em constante processo de metamorfose, e que minhas ideias são semelhantes, mas não são as mesmas de quando eu tinha quatorze ou quinze anos. Estou mais madura, apesar de não me sentir assim. A vida é uma escola, e eu estou em eterno processo de alfabetização, nunca conseguirei traçar um enredo, mas posso ao menos, escolher o tema de cada parágrafo, seu desenrolar já é outra história... Ter dezoito anos é simples, é uma nova translação ao sol, uma nova primavera, um ano a mais para responder quando perguntarem sua idade. Ter dezoito anos não é acordar e ver estrelinhas no teto, não é sentir-se uma borboleta livre só porque você já responde por suas ações, não... Contudo, dia primeiro de julho foi mágico, não por ter atingido a maioridade, mas pelas pessoas que estiveram comigo nesta data, e por isso foi incrível, e eu agradeço por ter atingido meus não esperados, mas muito bem-vindos dezoito anos.