Quando tu te põe em mim,
Sinto o arfar de teu peito morno,
Que num suspiro sem fim,
Seca minha boca, molda meu contorno.
Saliva em minha pele cálida,
Abriga tu'alma em minh'alma
Me toca com língua tão ávida
Sustenta o anseio e a calma.
Fluímos de poros suados,
Famintos, movendo-se em ardor,
Gritando tão desesperados,
No ápice do profano amor.