Meu coração fica apertado ao lembrar que na última quinta-feira minhas aulas chegaram ao fim. Foram anos e anos de escola, e no decorrer deste caminho pude conhecer pessoas maravilhosas, amigos (as) eternos, colegas de riso, de choro ou de esporte. Ah, são tantas as lembranças, que fica difícil esquecer a maioria dos momentos que eu vivi nesta trajetória escolar.
Na vida, tudo é marcado por um início e um fim, até mesmo a própria vida. O início foi há tanto tempo, quando eu era apenas uma criança, desenhando rabiscos, tomando suco de laranja numa garrafa da Branca de Neve e chamando as professoras de "tia", numa escolinha próxima de casa.
Mais tarde, os estudos ficaram um pouco mais sérios, e além de desenhar nós também aprendíamos o alfabeto e já tínhamos a liberdade de pintarmos painéis para enfeitarmos as salas de aula.
Até que eu ingressei na primeira série, e mudei de escola. As professoras deixaram de ser chamadas de tia, eram apenas "professoras", pois como diziam elas, não eram irmãs de nossos pais. Nós então, começamos a crescer mais rapidamente, aprender o que são parágrafos, emendar e remendar pequenos textos sobre a paz, ou sobre o patinho na lagoa. Tínhamos o direito de comprar alguns salgados na cantina da escola, ouvir músicas da moda, e tocar flauta às terças á tarde. Até que crescemos demais, e a escola ficou pequena para nós.
Então eu parti, para uma escola maior. E lá além de estudar, nós meninas, começamos a achar os garotos interessantes e até mesmo bonitinhos. Era o íncio da fase da paquera. E enquanto isso, as contas de matemática ficaram mais complicadas, e as redações mais extensas. Começamos a aprender gramática e a reproduzir obras de Picasso, do modo como conseguíamos. Os anos foram passando, a fase dos ficantes se iniciou, e nós agora já éramos não "pré-adolescentes", mas sim, adolescentes, ou "aborrecentes" como nossos pais nos adoravam chamar. A escola mais uma vez, ficou pequena demais para nós. Precisávamos voar, e então ingressei na última escola que eu estudaria. Se iniciava a fase do "colegial".
Fui estudar num bairro longe de casa. Lá eu sabia, era minha reta final. Eu não estava apenas tentando reproduzir Picasso, ou fazer continhas de matemática, eu estava ali para anos mais tarde ingressar numa faculdade. Dediquei-me ao máximo ao estudos. A escola era rígida, os professores também, mas além de rígidos eram nossos amigos, que nos ensinavam com afinco e dedicação. Este último laço perdurou por três rápidos anos, mas posso dizer que foram os três anos escolares-acadêmicos mais felizes de minha vida de estudante. Vou sentir saudades, saudades de tudo o que aprendi, de tudo o que fiz, de todos os laços que formei, e de todas as danças de hip-hop que realizamos. Vou sentir saudades das músicas no intervalo, do croissant de quatro queijos, das escadas intermináveis, dos professores, das provas, e principalmente das amizades que lá pude construir, e que carregarei para sempre comigo. Nesse momento, apenas uma frase surge em minha mente: Valeu a pena!
Agora respiro novamente, procuro criar novas asas, alçar outros horizontes, criar forças e voar, não é fácil, eu sei, iniciar um novo caminho é uma tarefa árdua que exige persistência e dedicação, mas eu irei buscar, e persistirei nesse caminho que já tenho traçado em minha mente, uma nova meta.
E que daqui há outro ciclo encerrado eu possa olhar para trás e dizer novamente: Valeu a pena!
Ps: Desculpem pelo meu sumiço aqui no blog. Nestes últimos tempos estava trabalhando e estudando. Agora, com o término das aulas terei mais tempo para postar regularmente aqui no Anjo do Pó.
Um comentário:
Essa nostalgia vai dar lugar a lembrança de dias vividos com intensidade. Anos escolares que marcam uma vida pra sempre.
Beijo imenso, Nayara e que bom que voltou.
Rebeca
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