Eu não sei o que levou-me a me apaixonar por você. Talvez seja o fato de que seus negros olhos permitem que eu me enxergue no fundo de suas íris imaculadas. Pelo fato de que seu timbre me faz bem, que sua saliva tem um bom gosto e suas mãos um excitante toque. Talvez seja por todas estas coisas juntas, talvez não. Sinceramente não sei. Não sei porque tu me arranhas, me assanha, me mata e me renasce tantas vezes. Não sei porque. Mas só com você me sinto plena, serena, selvagem, menina e mulher. Minhas pernas tremem, me amoleço, me aqueço. E quando tu me perguntas porque te amo, eu rio, porque não sei. Não sei explicar. Acho que para essas coisas, a gente não acha explicação. Essas coisas a gente não se explica, simplismente sente, agudamente, no fundo da alma, palpitante, intensamente.
Então calo-me, mas não se preocupe comigo, é apenas um modo de ouvir o silêncio falar por nós, de ouvir sua respiração, e o vento arrastando as folhas frias pelas calçadas de concreto. O silêncio se faz tão puro, que as palavras tornam-se irrelevantes. Ouço-te neste silêncio intenso. E é nessa intensidade que vou vivendo, sentindo-te. Encontrando na nossa imperfeição, o perfeito. Remendando tantos medos, rasgando tantos breus, tantos tu's e tantos eu's. Seguindo lentamente, por entre sombras, e sóis, enquanto olho-te de perto, e seus olhos se borram, e seus lábios se abrem e sorriem.
Não sei explicar. Sinceramente não sei. Mas, acredito que essas coisas, a gente acaba chamando de amor.
Um comentário:
Obrigada querida Nay!
Estou feliz que ne pinto no lixo. Será o melhor momento da minha vida. Saiba também que estou na sua torcida. Saudades de ti, muuuuuuuuuuuuitas!!!
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